A Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP), ou aumento benigno da próstata, é uma doença muito frequente entre os homens. Trata-se do crescimento anormal do número de células prostáticas, que causam a compressão da uretra e distúrbios urinários.
Existem fatores que podem contribuir para o aparecimento da doença, entre eles:
– Idade: homens com mais de 50 anos têm um risco acrescido;
– Alterações causadas por hormônios, incluindo a testosterona;
– Dietas ricas em gorduras;
– História familiar de próstatas de grandes dimensões.
Veja alguns sintomas da HPB:
– Dificuldade para urinar;
– Retenção da urina;
– Excesso de micção durante a noite;
– Fluxo urinário interrompido;
– Fluxo urinário fraco;
– Sensação de que a bexiga não foi totalmente esvaziada.
Alguns estudos sugerem que homens com diabetes estão mais propensos a desenvolver esta doença, porém, são necessárias mais provas científicas. Os medicamentos costumam ser a primeira opção de tratamento. Se os medicamentos não surtirem efeito, pode-se cogitar o procedimento cirúrgico. Existem medicamentos que relaxam a musculatura da saída da bexiga e do canal da uretra, facilitando o jato urinário e a drenagem de urina, e medicamentos que atuam reduzindo o volume da próstata com o passar do tempo. Uma das opções é a cirurgia minimamente invasiva realizada através da uretra, para facilitar a passagem da urina.
Pode-se optar também pelo uso de laser, como os de Thulium (ThuLEP) e o Green Light.
- ThuLEP
A técnica de enucleação com ThuLEP, envolve o “destacamento” dos lóbulos obstrutivos da próstata usando um instrumento endoscópico para a ação mecânica e o feixe de laser para o corte/ablação dos tecidos mais resistentes ou uma ação hemostática rápida.
Vantagens:
– Resultados mais efetivos a curto, médio e longo prazo;
– Recuperação mais rápida;
– Menor risco de hemorragia;
– Menor tempo de internação hospitalar, com alta mais precoce;
– Menor tempo de uso de cateter no canal.
- Green Light
A cirurgia a laser (Green Light) é uma técnica minimamente invasiva onde a fibra de laser é introduzida pela uretra, através de um instrumento acoplado a uma câmera de vídeo que permite a visualização do procedimento. É direcionado um feixe de luz verde para vaporizar o tecido da próstata, sem danificar os tecidos ao redor. Está indicada principalmente para pacientes que tomam anticoagulantes orais, em próstata não muito volumosas (até cerca de 80 gramas).
Essa técnica apresenta menos riscos de complicações em comparação à cirurgia convencional de RTU de próstata. Costuma apresentar mínimo sangramento, com alta mais precoce, sem uso de sondas.
Lembre-se que a escolha do método ideal deve ser feita pelo urologista, pois algumas técnicas apresentam vantagens específicas e nem todas se aplicam a todos os pacientes.